tag:blogger.com,1999:blog-76876020420884511052024-03-09T05:54:20.102-03:00Fábio PrudenteSociedade, Educação, Tecnologia e Cultura DigitalAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.comBlogger127125tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-89122061540434347332016-03-30T15:35:00.000-03:002016-03-30T15:35:24.203-03:00Uma Breve História do Software (Livre)<div data-contents="true">
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="1rheq-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1rheq-0-0">
<span data-offset-key="1rheq-0-0"></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="do36b-0-0">
<span data-offset-key="do36b-0-0"><span data-text="true">Lá nos anos 1960, os computadores eram máquinas enormes e caríssimas, e o <i>software</i>, sem valor comercial naquela época, era desenvolvido e compartilhado livremente em sua forma original: o código-fonte, que podia ser lido e modificado por qualquer programador. </span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="df9v-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="df9v-0-0">
<span data-offset-key="df9v-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8a56i-0-0">
<span data-offset-key="8a56i-0-0"><span data-text="true">Nos anos 70, surgem os microcomputadores, e o Bill Gates, visionário, compreende que o <i>software</i> passará a valer mais que o hardware: em 76, inicia campanha para estender a lei de <i>copyrights</i> para proteger o <i>software</i>. No mesmo período, no mundo corporativo, surge o sistema operacional UNIX, que seria referência para vários clones (BSD, AIX, Solaris, GNU...)</span></span></div>
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<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="a2bqi-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a2bqi-0-0">
<span data-offset-key="a2bqi-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="a8dca-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a8dca-0-0">
<span data-offset-key="a8dca-0-0"><span data-text="true">Em 1980, a Microsoft sela contrato histórico para fornecer o MS-DOS à IBM - poderosa fabricante de computadores corporativos que havia decidido entrar no mundo dos microcomputadores com o IBM-PC. Centenas de outras empresas passam a produzir e comercializar softwares de todos os tipos, protegidos por <i>copyright</i>.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="cpqeo-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cpqeo-0-0">
<span data-offset-key="cpqeo-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="20ujr-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="20ujr-0-0">
<span data-offset-key="20ujr-0-0"><span data-text="true">Em 1985, inconformado com a crescente privatização do software, Richard Stallman define</span></span><span data-offset-key="20ujr-0-0"><span data-text="true"><span data-offset-key="20ujr-0-0"><span data-text="true"> as bases para o "copyleft" (uso do <i>copyright</i> para garantir liberdades, e não proibições),</span></span> cria a <i>Free Software Foundation</i>, e inicia o desenvolvimento colaborativo de um SO de código aberto e livre: o projeto GNU cresce rapidamente, desenvolvendo inúmeras ferramentas necessárias à implementação do SO, mas o componente principal, o núcleo (<i>kernel</i>), encontra dificuldades...</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="cbrqo-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cbrqo-0-0">
<span data-offset-key="cbrqo-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="7p4gh-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7p4gh-0-0">
<span data-offset-key="7p4gh-0-0"><span data-text="true">Em 1991, Linus Torvalds apresenta ao mundo um núcleo funcional para o sistema GNU. Surge o GNU/Linux, ou simplesmente, Linux. Em um mundo já dominado por grandes empresas de <i>software</i> proprietário, a batalha parece perdida. A indústria do <i>software</i> consolida-se sobre o modelo do <i>software</i> proprietário, e o <i>software</i> livre parece estar destinado ao mundo dos nerds... mas isso é apenas ilusão...</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="7n6hm-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7n6hm-0-0">
<span data-offset-key="7n6hm-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="" data-block="true" data-editor="6vp9r" data-offset-key="1jmfv-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1jmfv-0-0">
<span data-offset-key="1jmfv-0-0">Paralelo a tudo isso, uma importante revolução estava para eclodir: a internet. O protocolo básico (TCP/IP) já havia sido desenvolvido nos anos 70. Os serviços básicos (email, BBS, IRC...) surgiram nos anos 80, mas foi em 1989 que Tim Berners-Lee apresentou ao mundo o HTML, dando origem à WWW (World-wide web). Todos esses protocolos - a infraestrutura de todo o nosso mundo moderno - havia sido desenvolvida sobre <i>softwares</i> livres. E continuaria evoluindo assim.<br /><br />Nos anos 2000, todos os gigantes da internet (Google, Facebook, Twitter...) rodam seus serviços sobre <i>softwares</i> livres (sistemas operacionais, sistemas de arquivos, protocolos, bancos de dados...) - e investem pesado no desenvolvimento dessas tecnologias. O <i>software</i> livre ganha impulso, e passa a ser patrocinado por grandes empresas, mas continua sendo livre, graças à sagacidade de Richard Stallman, e sua <i>copyleft</i>. <br /><br />Na telinha do usuário final, seja no smartphone, seja no desktop, a maioria dos aplicativos ainda pertence ao modelo do <i>software</i> proprietário - mesmo que seus códigos executáveis (binários) sejam distribuídos gratuitamente, seus códigos-fonte são fechados - mas por baixo, quase tudo o que você usa, é provido por <i>softwares</i> livres - códigos que são desenvolvidos colaborativamente, que podem ser estudados, modificados e redistribuídos livremente, por qualquer um.</span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-27947974112720541492015-08-09T13:23:00.001-03:002015-08-09T14:02:37.929-03:00Sou muito rico - e todos deveriam ser!Hoje acordei com o barulho da chuva na janela do meu quarto. Levantei, tomei um banho quente, e um pensamento surgiu em minha mente: sou muito rico!<br />
<br />
Apesar de toda aquela chuva, eu estava abrigado, tomando um banho quente. Minha rua não enche, minha casa não tem infiltrações... Mas o que é riqueza, afinal? a riqueza pode ser medida? colocada em uma escala? posso considerar-me rico apenas por ter uma boa casa, com um chuveiro quente?<br />
<br />
Certamente, sou mais rico do que qualquer Rei ou Imperador de eras passadas. Mesmo sendo um modesto cidadão de classe média, com um plano de saúde que não é dos melhores, tenho acesso a recursos médicos com os quais um faraó egípcio jamais sonhou. Parcelando em 6x sem juros, posso ir a lugares onde Alexandre, o Grande jamais conseguiria chegar. Com um PC e um plano de internet, tenho acesso a mais livros do que tudo o que foi reunido nas bibliotecas de Alexandria, ou de Bagdá.<br />
<br />
Se a comparação com eras passadas não parece ser muito justa, então vamos pensar no presente. Bill Gates é muito mais rico do que eu, e disso eu não tenho a menor
dúvida... mas sinceramente, eu não teria tanta certeza em outras
comparações. Por exemplo, quando vi a notícia de que o Eike Batista
tinha um Lamborghini em sua sala, o primeiro pensamento que surgiu um
minha mente foi: mas por que alguém manteria um Lamborghini na sala??? -
bem... talvez, seja inseguro demais dar um rolé em São Paulo pilotando
um Lamborghini sem blindagem... aliás... não faz o menor sentido blindar
um carro esportivo... pensando bem, acho que esse tipo de carro nem
seria capaz de vencer os obstáculos das ruas de São Paulo... na boa...
acho que o meu chuveiro quente é mais útil que um Lamborghini na sala. É
óbvio que o Eike Batista também tem chuveiro quente - talvez até seja
revestido de ouro... mas acho que você já entendeu a ideia.<br />
<br />
A riqueza é a medida da capacidade de realizar seus desejos. Considero muito rico aquele que pode realizar a maioria dos seus desejos (e necessidades), sem precisar fazer as contas, para saber se pode ou não pagar por aquilo. Eu posso tomar quantos banhos quentes eu quiser, sem me preocupar com o valor da conta de energia no final do mês, e jamais desejei ter um Lamborghini... logo, sou muito rico.<br />
<br />
Mas meu objetivo não é escrever um texto de filosofia de boteco, ou de auto-ajuda. Não estou aqui para relativizar a riqueza (ou a pobreza), muito menos para filosofar sobre a felicidade que podemos extrair das coisas mais simples da vida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUHey5P7LgKWeROnPnY6Dmf51oVCoGMpzGX7lA3WO3iAZpiNkj7C_cVKntT1puETxJyjs6nyGr6sqSHlTUadlAlwDGLbhJWv04x38-QZI4rsbP9eTsBIX6Opoo4rMaW9CN9PNwvi8kU_y0/s1600/15122012170814.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUHey5P7LgKWeROnPnY6Dmf51oVCoGMpzGX7lA3WO3iAZpiNkj7C_cVKntT1puETxJyjs6nyGr6sqSHlTUadlAlwDGLbhJWv04x38-QZI4rsbP9eTsBIX6Opoo4rMaW9CN9PNwvi8kU_y0/s400/15122012170814.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Enquanto eu tomo meu banho quente, em minha casa segura e confortável, a chuva está destruindo casas de pessoas que não tem a mesma sorte. Não atribuo essa minha sorte ao acaso, muito menos à vontade de um deus. A rua onde moro não enche
porque houve investimento público em um sistema de drenagem eficiente. A
minha casa resiste à chuva porque foi bem construída. Da mesma forma, a má sorte das inúmeras pessoas que hoje sofrem não se deve ao acaso, nem à vontade de um deus. As condições precárias de suas vidas podem ser totalmente explicadas por nossas ações.<br />
<br />
Ao comparar a minha riqueza com a dos reis do passado, quero mostrar que a riqueza global - a capacidade global de realizar desejos e necessidades individuais - aumenta com o tempo. A humanidade é muito mais rica hoje, do que no passado, de tal modo que qualquer cidadão de classe média, hoje, tem acesso a muito mais bens e serviços que um rei da Idade Média. E que fique muito claro: isso não é mérito meu, nem seu. Podemos viajar de avião porque a humanidade desenvolveu o avião.<br />
<br />
Mas se é assim... por que ainda há tanta miséria e fome? basicamente... por que a riqueza não é distribuída. Para que um idiota possa satisfazer um desejo tão imbecil quanto ter um Lamborghini em sua sala, é necessário que muitas outras pessoas deixem de ter acesso a bens e serviços básicos - como uma casa bem construída, em uma rua com saneamento decente, e com chuveiro quente.<br />
<br />
Ter uma boa casa, com chuveiro quente, TV, computador, acesso à internet não é luxo! - poder ir ao shopping, jantar fora nos fins de semana, viajar, dar boa educação aos filhos, também não é luxo. Em uma sociedade justa, todos deveriam ter acesso a esses bens e serviços.<br />
<br />
Para encerrar... esse texto também não é uma crítica ao capitalismo, nem apologia ao comunismo. É uma crítica ao egoísmo. O egoísmo é a fonte da corrupção, e haverá corrupção em qualquer sociedade, com qualquer sistema econômico, sempre que o egoísmo se tornar o seu principal valor.<br />
<br />
Na próxima vez que você tomar um banho quente, pense nisso, e o mundo será um lugar melhor.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-66989021178348142182014-01-01T18:15:00.000-03:002015-08-09T14:04:47.137-03:00Ateísmo: uma questão de fé<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcllARdAuHJKWMl3sLFrXtsmIw19red9ZCfIZTlCtyY7SilmHJF1NH02KQQabXp1IyWO0iJQquumnrCXnC5gxvcyIoHT6UvQRUIG4KNrjNF_b3W5O4YoFl3-Nm9Ugo8_rZjNyslDuQ1lL7/s1600/Criacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcllARdAuHJKWMl3sLFrXtsmIw19red9ZCfIZTlCtyY7SilmHJF1NH02KQQabXp1IyWO0iJQquumnrCXnC5gxvcyIoHT6UvQRUIG4KNrjNF_b3W5O4YoFl3-Nm9Ugo8_rZjNyslDuQ1lL7/s320/Criacao.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Sim, sou ateu. Não creio na existência de um Deus onipotente, onisciente e onipresente, criador de todo o Universo, que controla a queda de cada folha, em cada árvore no planeta Terra, e que observa atentamente a vida de todos os seres humanos (curiosamente, também habitantes do pequeno planeta Terra).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do ponto de vista científico, só podemos afirmar a existência daquilo que podemos ver, tocar, ou, de algum modo, detectar. Assim funciona a ciência: a existência de microrganismos era uma hipótese, até que foi possível observá-los em microscópios. Também a existência de vida em ambientes muito inóspitos, como em crateras vulcânicas e fossas abissais era tida como impossível, até poder ser observada por equipamentos especiais. Da mesma forma, o tal bóson de Higgs!!! - mesmo tendo sido previsto teoricamente, foi necessário construir um aparato enorme para, enfim, podermos confirmar a sua existência. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não podemos, entretanto, negar a existência daquilo que não podemos (ainda) observar. Algumas pessoas afirmam que já viram espíritos, duendes ou seres extraterrestres... um canal de TV recentemente exibiu imagens que, supostamente, comprovam a existência de sereias (ou seres humanoides que vivem em águas profundas). Tudo isso é possível! - pode ser que existam, assim como pode ser que não existam. Não podemos afirmar nada, até que esses fenômenos possam ser observados por equipes independentes ou, ao menos, que possam apresentar registros incontestáveis. Infelizmente, não sei bem por que, todos os registros de espíritos, duendes, sereias e seres extraterrestres feitos até o momento são contestáveis: imagens borradas, que podem ter sido manipuladas, ou relatos subjetivos e inconclusivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existe, portanto, um espaço imenso, que compreende tudo aquilo que a ciência não pode nem afirmar nem negar. Esse é o domínio da fé.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A ciência da cosmologia, através da teoria do Big Bang, é capaz de descrever com grande precisão cada passo da evolução do Universo, desde (quase) o seu momento inicial até o presente. Nessa teoria, não há um Deus criador do Universo. Tudo acontece como uma sequência de interações físicas, descritas precisamente por modelos matemáticos. Entretanto, tais modelos falham quando nos aproximamos do instante inicial, o momento exato onde tudo começa. A ciência não é capaz de dizer nada sobre o que aconteceu antes do Big Bang. Na verdade, os físicos dizem que não existe o "antes do Big Bang", porque o próprio tempo foi criado após o Big Bang...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É nesse ponto que os religiosos pulam da cadeira, e dizem: tá vendo aí! - Deus pôs um limite à visão do homem! - esse é o momento da criação, que só Deus é capaz de entender! - o que os cientistas chamam de "Big Bang" nada mais é do que a comprovação do momento da Criação! - Deus é eterno, e existia antes da Criação!... Do outro lado, os ateus também pulam da cadeira e respondem: Ah! mas isso não prova nada! - e o que existia antes de Deus? - quem criou Deus???<br />
<br />
O fato é que, nesse ponto, temos que fazer uma escolha arbitrária. Uma escolha que é pessoal, íntima, e que depende exclusivamente da nossa fé: do conjunto das coisas em que acreditamos, ou que estamos dispostos a acreditar. Quando tratamos de assuntos que não podem ser provados pela razão, todos os argumentos passam a ser falhos, inconclusivos, e toda discussão passa a ser inútil.<br />
<br />
Sim, acredito na possibilidade da existência de espíritos e da vida extraterrestre. Mesmo sem evidências científicas, parece-me plausível tal possibilidade. Mas não acredito na existência do Deus criador, pois não me parece plausível que um ser tão poderoso, que criou um Universo imenso, dedique tanto interesse pelos habitantes de um planetinha tão insignificante. Essa é a minha fé.<br />
<br />
Se você se sente mais confortável com a hipótese da existência do Deus criador... bom para você.<br />
Se você acredita em um Deus que tem outro nome, ou outras características... bom pra você<br />
Se você (como eu) prefere acreditar na hipótese da inexistência do Deus criador... bom para você também!<br />
<br />
Seja qual for a sua escolha, entenda que é uma questão de fé. Você jamais será capaz de defendê-la com argumentos, sejam científicos ou teológicos.<br />
<br />
A sua escolha não é a mais inteligente. Os que fizeram uma escolha contrária não são ignorantes.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-77024259852471068502013-06-18T10:39:00.001-03:002015-08-09T14:03:07.350-03:00Os Abutres da RevoluçãoHá uma semana, o Brasil foi tomado, de norte a sul, por ondas de protestos, que se iniciaram contra o aumento das tarifas dos transportes públicos em algumas cidades, mas logo incorporaram uma pauta muito mais ampla, contra a corrupção, mau uso dos recursos públicos, baixa qualidade da educação, saúde e segurança...<br />
<br />
É um movimento belíssimo, nascido legitimamente do povo, auto-organizado através das redes sociais, sem a presença das "lideranças" tradicionais: partidos políticos, mídia, sindicatos.<br />
<br />
Vai dar certo? a pauta e justa? é muito barulho por pouca coisa? - não importa!<br />
<br />
Democracia se constrói assim: com confronto de idéias - e de forças!<br />
<br />
Não há certo e nem errado. Há o aprendizado, o exercício da dificílima habilidade de ouvir o outro lado. É assim que vamos aprender a falar, e a ouvir; exigir, e ceder; definir o que é irredutível, e o que é negociável. <br />
<br />
E esse é o papel dos jovens: questionar! - não importa o que, nem como, nem quando. Não há "rebeldes sem causa" - toda rebeldia tem uma causa, ainda que não a julguemos justa. Nem sempre os jovens estarão certos... nem sempre conseguirão mostrar que estão certos... só não podemos impedir que se manifestem.<br />
<br />
Adultos têm compromissos, patrimônios, família... estão amarrados a isso, sempre têm algo a perder ou a lucrar e, por isso, perdem muito da sua liberdade ou honestidade. Jovens são livres, não possuem nada, não têm nada a perder, por isso têm total liberdade para sonhar.<br />
<br />
Entretanto, jovens são imaturos... ingênuos... e tem muito abutre que tenta tomar proveito disso.<br />
<br />
Semana passada, no início das manifestações, o Arnaldo Jabor fez esse comentário raivoso contra os manifestantes, chamando-os de rebeldes sem causa, defendendo os pobres policiais que estavam sendo apedrejados, e afirmando que esses "revoltosos de classe média não valem nem 20 centavos".<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
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</div>
<br />
cinco dias depois, ele "reconhece o erro", adoça o tom de suas palavras, e apoia as manifestações...<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<object height="236" width="420"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DleWPclxFO0?hl=pt_BR&version=3"></param>
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</div>
<br />
o que há por trás dessa repentina mudança de atitude?<br /><br />No segundo discurso, Jabor cita o movimento dos "caras pintadas", que derrubou o presidente Fernando Collor, em 1992. Para quem não acompanhou aquele momento da nossa história, é bom informar que naquela época, não havia internet, muito menos redes sociais, e as grandes empresas de mídia (TV, rádio, jornais) controlavam totalmente as informações, e manipulavam livremente a opinião pública. Os caras pintadas foram um movimento pautado e roteirizado pela Rede Globo.<br />
<br />
E é isso que o Jabor quer, em 2013... tentar novamente manipular os jovens, com seu discurso doce, com sua conversa mole, para direcioná-los para os interesses dos grupos que ele defende. Querem a volta do Brasil dos anos 1990, quando eles podiam colocar e tirar o presidente que queriam, quando eles mandavam na política e na economia, quando eles reinavam, soberanos.<br />
<br />
Jabor é apenas um "testa de ferro" - um operário a mando de alguém. Por isso muda de opinião como quem muda de roupa. E há muitos outros. Todos na espreita, como abutres, tentando tirar algum proveito de algo que não lhes pertence.<br /><br />Não caiam, portanto, nesse discurso do #ForaDilma. Se Dilma cair agora, quem assume é o Michel Temer, seu vice. É isso o que nós queremos? certamente não... mas certamente, é isso o que eles querem. E essa é apenas uma das armadilhas... há muitas outras...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-84135714683838586232012-10-04T13:09:00.000-03:002012-10-04T14:22:54.056-03:00da NAND ao TETRISImpressionante palestra de Shimon Schocken: The self-organizing computer course<br />
<blockquote class="tr_bq">
"<i>Ao passo que os computadores tornam-se cada vez mais complexos, nossos estudantes estão perdendo a visão do todo e, de fato, é impossível conectar-se à alma dessas máquinas se você interage com uma caixa-preta, empacotada com inúmeras camadas de software fechado. Então Noam e eu tivemos esse insight que se queremos que nossos estudantes compreendam como computadores funcionam, até a sua medula, então talvez a melhor maneira seja orientá-los a construir um computador completo, funcional, hardware e software, partindo do zero, dos princípios básicos</i>."</blockquote>
<br />
<div style="text-align: center;">
<object height="374" width="526"><param name="movie" value="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true" /><param name="allowScriptAccess" value="always"/><param name="wmode" value="transparent"></param>
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<br />
saiba mais:<br />
<a href="http://www.nand2tetris.org/">http://www.nand2tetris.org/</a><br />
<a href="http://shimonschocken.com/">http://shimonschocken.com/</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-77109924468057695462012-09-28T17:00:00.001-03:002012-09-28T17:00:44.926-03:00 História da Web - IMPERDÍVEL!!!Conheça o <a href="http://webdirections.org/history/">The Web History Timeline Project</a>: um site que organiza todos os eventos importantes na construção do que hoje conhecemos como "a web" (traduzida, no Brasil, como a "rede internacional de computadores... blagh...)<br />
<br />
É um conteúdo impressionante! - vale a pena guardar esse link!<br />
<br />fonte: <a href="http://www.webmonkey.com/2012/09/timeline-traces-how-the-web-became-the-web/?utm_source=twitter&utm_medium=socialmedia&utm_campaign=twitterclickthru" target="_blank">Webmonkey</a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-75578170621092724242012-09-28T16:43:00.001-03:002012-09-28T16:43:41.777-03:00Atendendo a pedidos...Estivemos fora do ar por um bocado de tempo... mas agora, atendendo a pedidos... este blog volta a funcionar com o ritmo de sempre!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-64458812312476355542011-11-20T10:53:00.005-03:002011-11-20T11:44:34.263-03:00Podemos construir uma Sociedade melhor? - Parte I<div style="text-align: left;">Já pararam pra pensar por que as coisas são como são?<br /><br />Vivemos em uma sociedade doente, em crise. Violência, desemprego, fome... por que essas coisas acontecem, justo no nosso auge científico e tecnológico?</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">É muito importante compreender como funciona a nossa economia. Compreender que todos os processos econômicos são criados e definidos por nós - humanos. </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Os noticiários falam de crises econômicas como se fossem eventos naturais... já perceberam isso? É mais ou menos assim: "um terremoto seguido de tsunami abalou o Japão, matando milhares de pessoas...", e logo em seguida "crise econômica abala a Europa, atingindo milhares de famílias...". O objetivo do noticiário é fazer com que você se conforme com as notícias ruins, sem se opor.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Não podemos impedir um terremoto... mas podemos impedir crises econômicas e outros problemas sociais. Basta compreender como as coisas funcionam, atualmente, e pensar como elas deveriam funcionar.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Para começar, vamos compreender como criamos a Sociedade de Consumo: </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe width="600" height="437" src="http://www.youtube.com/embed/lgmTfPzLl4E?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;">Ficou interessado? - aprenda mais sobre o ciclo de produção dos aparelhos eletrônicos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe width="600" height="335" src="http://www.youtube.com/embed/MPWgqkIVgbw?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-82358029553293613772011-10-08T18:52:00.012-03:002011-10-08T20:27:59.680-03:00Steve Jobs05/11/2011 - Morre Steve Jobs: um gênio, visionário, controverso... um homem cheio de qualidades e defeitos, que não teve medo de ousar e, por isso mesmo, conseguiu por várias vezes reinventar a si mesmo. Reinventar a tecnologia, foi apenas uma consequência.<br /><br />Conheça um pouco mais sobre sua história, e sua personalidade marcante:<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/embed/wrLcrAUTy5I">Steve Jobs: um apanhado da vida e da carreira desse gênio da tecnologia</a><br /><br /><iframe width="600" height="335" src="http://www.youtube.com/embed/wrLcrAUTy5I" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/embed/JdmJEwO5qiE">Discurso em Stanford</a><br /><br /><iframe width="600" height="437" src="http://www.youtube.com/embed/JdmJEwO5qiE" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PL6C5D87F2A5BA09F2&hl=pt_BR">Piratas do Vale do Silício</a><br /><br /><iframe width="600" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PL6C5D87F2A5BA09F2&hl=pt_BR" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-48568871804240869342011-10-02T21:27:00.003-03:002011-10-02T21:33:11.395-03:00TV online<div><meta equiv="content-type" content="text/html; charset=utf-8"><a href="http://www.yycast.com/muitoshow"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Eyl0wq38w07iOdS42q7sBe5tG8HCpM3_dJ5GBCQKst4N6dFpynPd6TOvKw3ALzHspbqPZftalhqzvAvLhTTToooRlKsB_mD4gmpDkxRh2lc3LXvqq94umCQto92_3KXSa2wzeSh7hTI/" /></a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-66546029466413953272011-07-12T21:13:00.004-03:002011-07-12T22:36:48.354-03:00Devo estudar inglês, ou mandarim?O mundo que conhecemos é dominado pelos EUA. De lá, assimilamos a cultura, valores e, principalmente, produtos e tecnologias. Na minha geração, aprender inglês foi essencial.<br /><br />Mas o que podemos recomendar às futuras gerações? Quem está na escola hoje deve esperar a mesma distribuição geopolítica do século XX?<br /><br />Certamente não.<br /><br />Enquanto as economias dominantes dos países "desenvolvidos" (EUA e Europa Ocidental) parecem lutar contra crises cada vez mais frequentes, alguns países "em desenvolvimento" chamam a atenção do mundo por seu crescimento econômico: são os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/BRIC">BRIC</a> - Brasil, Rússia, Índia e China.<br /><br />O Brasil, acreditem, está em franco crescimento econômico e tecnológico. Nossa economia, historicamente baseada em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Commodity">commodities</a>, começa a desenvolver-se também em produtos com maior valor agregado. Isso representa um grande desafio para as futuras gerações: aprender a trabalhar com o cérebro, e não com as mãos.<br /><br />Mas quem lidera essa revolução é a China. Com mais de 1,3 bilhão de habitantes, a economia chinesa cresce a um ritmo sem igual. Já é possível sentir o efeito desse crescimento na prática, com a invasão de produtos chineses: das quinquilharias vendidas a R$1,99 até automóveis.<br /><br />Mas não pense que a China será apenas um grande exportador de produtos de consumo. Tudo indica que, nos próximos 20 anos, ela se tornará a maior potência econômica, tecnológica, militar... e portanto... cultural!<br /><br />Para compreender esse novo mundo, recomendo essas três palestras:<br /><ul><li><a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/martin_jacques_understanding_the_rise_of_china.html">Martin Jacques: Compreendendo o crescimento da China</a></li><li><a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/joseph_nye_on_global_power_shifts.html">Joseph Nye: Mudança do poder global<span style="font-weight: bold;"></span></a></li><li><a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/hans_rosling_asia_s_rise_how_and_when.html">Hans Rosling: A ascenção da Ásia -- como e quando</a><span style="font-weight: bold;"></span></li></ul>somadas, elas tomarão menos de 1 hora do seu tempo, mas eu garanto: elas podem definir o seu futuro.<br /><br />Ah! - e quanto à pergunta que está no título dessa matéria??? - deixe o seu comentário!!!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-13304960553878584012011-05-30T23:34:00.002-03:002011-05-30T23:48:52.354-03:00JG: Especial sobre as Universidades brasileiras23/05/2011 - <a href="http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/serie-especial-mostra-os-desafios-do-crescimento-do-ensino-universitario-no-pais/1517065/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110523/page/1">Série especial mostra os desafios do crescimento do ensino universitário no país</a><br />24/05/2011 - <a href="http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/universidades-brasileiras-possuem-deficiencias-graves-em-estrutura/1518086/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110524/page/1">Universidades brasileiras possuem deficiências graves em estrutura</a><br />25/05/2011 - <a href="http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/pesquisadores-de-universidades-falam-da-burocracia-para-trabalhar/1518968/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110525/page/1">Pesquisadores de universidades falam da burocracia para trabalhar</a><br />26/05/2011 - <a href="http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/universidades-americanas-estao-entre-as-melhores-instituicoes-do-mundo/1519936/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110526/page/1">Universidades americanas estão entre as melhores instituições do mundo</a><br />27/05/2011 - <a href="http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/universidades-driblam-burocracia-e-produzem-pesquisas-surpreendentes/1520977/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110527/page/1">Universidades driblam burocracia e produzem pesquisas surpreendentes</a><br /><br /><h1 id="titulo"></h1><h1 id="titulo"></h1><h1 id="titulo"></h1>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-2800106051698786842011-05-27T09:46:00.002-03:002011-05-27T09:51:13.221-03:00Murilo Gun em "Entrevista com o Estagiário"Você conhece alguém que pensa como esse rapaz???<br /><br /><div style="text-align: center;"><iframe src="http://www.youtube.com/embed/VdIhejX6imc?rel=0" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="560"></iframe></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-17359330854337894152011-05-14T10:02:00.009-03:002011-06-22T14:34:37.256-03:00Mamãe, eu sou gay...<div>Vejam o que aconteceu com uma amiga minha: sua filha, de 9 anos, na hora do almoço, ergueu seu copo de guaraná como se fosse uma taça de champanhe, e anunciou:</div><div></div><blockquote><div>--Atenção gente, chamem os repórteres!!! -- vamos brindar, porque tenho uma importante revelação a fazer...</div><div><br /></div><div>--Eu sou gay!</div></blockquote><div></div><div>Ainda sem entender direito o motivo daquele ato, a mãe perguntou: mas porque você acha que é gay, minha filha? e ela respondeu:</div><div><blockquote>--Ah, mãe... porque eu não gosto de brincar com meus amigos... apenas com minhas amigas... então: gay é quando uma menina gosta de outras meninas, ou quando um menino gosta de outros meninos!</blockquote></div><div>Isso poderia ser entendido como uma inocente brincadeira de criança, mas a conversa se estendeu, e os argumentos da menina - ao mesmo tempo seguros e equivocados - deixaram a mãe realmente preocupada.</div><div><br /></div><div>Interessante notar o tom "televisivo" que a menina criou, chamando "repórteres", fazendo um "brinde", anunciando uma "revelação"... isso pode dar uma pista de como esse tema chegou ao seu interesse: o homossexualismo está na pauta da TV, em todos os horários. São personagens gays nos programas de humor e nas novelas... discussões sobre a união civil de homossexuais nos telejornais... campanhas contra a homofobia... não há uma preocupação em saber como esses conteúdos serão assimilados pelas crianças.</div><div><br /></div><div>Mas há ainda outra questão: de onde ela tirou o conceito do que "gay é quando uma menina gosta de outras meninas, ou quando um menino gosta de outros meninos"? - não podemos atribuir isso diretamente à TV, sem uma análise mais cuidadosa.</div><div><br /></div><div>Esse é o principal interesse da mãe, e para isso ela já está levando a filha a uma psicóloga. A preocupação da mãe não é saber se a menina realmente é gay ou não... o problema é compreender como esse tema entrou na "agenda" de uma menina de 9 anos, e a partir de quais elementos ela está construindo seus conceitos sobre o assunto.</div><div><br /></div><div>Eu aproveito a carona no caso, para discutir uma outra questão: o respeito à opção sexual de cada indivíduo e o combate à homofobia são temas importantes, mas... qual é a melhor forma - e qual o melhor momento - de levar esse tema às crianças?</div><div><br /></div><div><b>Cartilha contra homofobia x "Kit Gay"</b></div><div><br /></div><div>O Ministério da Educação iniciou, nas escolas públicas, a distribuição de um material cujo conteúdo é, no mínimo, discutível: um conjunto de cartilhas, cartazes e vídeos, cujo objetivo é "orientar" ou "balizar" a discussão sobre o homossexualismo e homofobia nas escolas.</div><div><br /></div><div>Eu não quero me somar aos moralistas e religiosos, que se opõem ao material com argumentos preconceituosos. A discussão não é por aí.</div><div><br /></div><div>A questão é que o MEC está cometendo um grande erro ao tentar combater o preconceito com outro preconceito. O material elaborado e distribuído pelo MEC "impõe" a aceitação de alguns valores, de forma tão arbitrária quanto aqueles que se opõem a eles. A discussão não é ser "contra" ou "a favor" do homossexualismo, como um confronto de dogmas. Esse caminho não levará a lugar algum.</div><div><br /></div><div>Em um dos vídeos mais polêmicos, intitulado "encontrando Bianca", um jovem relata que sempre se viu como menina, que se sente melhor se vestindo como mulher, e que prefere ser chamada de "Bianca", em vez do seu nome de registro, "José Ricardo". Argumenta que todos devem respeitar essa sua opção, e relata que muitas vezes sofreu com piadas e até agressões.</div><div><br /></div><div>Podemos perceber que a intenção dos seus idealizadores é boa. O tema central é o respeito à individualidade e às diferenças, e não há dúvidas de que esse é um tema que merece ser abordado.</div><div><br /></div><div>Entretanto, quando tratamos de políticas públicas, precisamos levantar outras questões: o tema está sendo abordado da forma correta? como avaliar a qualidade desse material? como a mensagem contida no vídeo será assimilada pelos jovens de diferentes faixas etárias? sob qual metodologia esse tema será abordado nas escolas?</div><div><br /></div><div><b>A Educação precisa ser apresentada ao Método Científico</b></div><div><br /></div><div>Sou educador e, infelizmente, todos os dias, percebo que a Educação não conhece o Método Científico. Tudo é feito na base do "achismo". Uns acham que devem fazer assim, outros acham o contrário, daí montam comissões, conselhos, que passam meses discutindo o sexo dos anjos, filosofando no vazio, buscando um "consenso"... mas ninguém propõe uma abordagem científica!!!</div><div><br /></div><div>Como sabemos se um novo remédio é eficaz ou não? Existe um longo processo para isso! - são testes rigorosos em laboratório, publicação de resultados em periódicos e eventos especializados, onde esses resultados serão avaliados, reproduzidos e possivelmente questionados por outros profissionais da mesma especialidade para, somente após a validação, ser autorizado o teste em um pequeno grupo de pacientes, com o acompanhamento de um outro grupo, de controle, e a avaliação de mais resultados. Pode-se levar décadas para a homologação de uma nova droga ou tratamento - mas todo esse processo tem dois objetivos: garantir que aquela droga realmente produz o efeito prometido, e conhecer seus efeitos colaterais.</div><div><br /></div><div>Esse material que o MEC está distribuindo foi avaliado em algum estudo científico? seus resultados foram publicados em periódicos e eventos especializados? sua metodologia foi reproduzida e avaliada por outros profissionais, que confirmaram os resultados? seus efeitos foram devidamente medidos e comparados a um grupo de controle?</div><div><br /></div><div>Toda política pública na Saúde baseia-se em resultados de processos científicos rigorosos. Por que, então, deve ser diferente na Educação? Por que a Educação é sempre tratada de forma mambembe, através de improvisos e achismos? Será que, algum dia, a Educação será tratada como uma ciência?</div><div><br /></div><div>Em uma estrutura escolar falida, que não consegue sequer formar a capacidade básica de interpretação de textos, é sensato despejar cartilhas sobre um tema tão complexo, sem nenhum estudo sério sobre seus efeitos e consequências?</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-11640803977861667042011-05-04T17:09:00.005-03:002011-05-04T17:36:33.494-03:00A Morte de bin Laden e a relação Ocidente/OrienteOuça aqui o áudio da entrevista com <b>Sérgio Malbergier</b> ao Programa Pânico (rádio Jovem Pan), falando da morte de Osama Bin Laden. É uma entrevista descontraída, divertida, mas muito informativa. Vale a pena ouvir.<br /><br /><b>Sérgio Malbergier</b> é jornalista. Foi editor dos cadernos Dinheiro (2004-2010) e Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da <b>Folha</b> a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a <b>Folha Online</b> às quintas.<br /><br /><embed style="display: block;" src="http://static1.virgula.uol.com.br/audio/2011/05/04/14dc1a95db2a9a.wma" bgcolor="#ffffff" autostart="0" height="45" width="300"></embed>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-91058271256740229372011-04-10T16:02:00.008-03:002011-04-13T11:48:32.843-03:00O Linux completará 20 anos!!!Em agosto deste ano (2011), o núcleo de Sistema Operacional conhecido como Linux completará 20 anos. Conheça um pouco da sua fascinante história, contada pela Fundação Linux:<br /><br /><object height="380" width="600"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1WtOuKxS20g&hl=pt_BR&feature=player_embedded&version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"></object><div style="text-align: center;"><object height="380" width="600"><embed src="http://www.youtube.com/v/1WtOuKxS20g&hl=pt_BR&feature=player_embedded&version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" height="380" width="600"></embed></object><br /></div><div style="text-align: center;">(clique em [CC] para ativar legendas (PT/EN)<br /><br /></div>Para uma história mais detalhada, veja o documentário "Revolution OS", abaixo:<br /><br /><div style="text-align: center;"><object height="420" width="600"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/p/0903179E71B66A91?hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/p/0903179E71B66A91?hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="420" width="600"></embed></object></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-78803477542537131632011-04-02T19:01:00.007-03:002011-04-03T11:01:46.859-03:00Bullying: A solução pode ser mais simples do que você imaginaEsse vídeo correu o mundo na semana passada: Casey Heynes, um jovem autraliano que vinha sendo constantemente agredido e humilhado por seus colegas, resolve reagir e, ao fazê-lo, não só pôs um ponto final às rotineiras agressões que vinha sofrendo, mas se tornou uma celebridade mundial - um símbolo da luta contra o <span style="font-style: italic;">bullying</span>.<br /><br />Chamo a sua atenção para alguns detalhes do vídeo: no início, Casey comporta-se de forma absolutamente passiva. Mesmo após receber um soco no rosto, não esboça qualquer reação, mantém o olhar baixo, e quase não se defende. Percebam que, enquanto o agressor o desafia, há um grupo de outros jovens (por trás da câmera) que lhe dão cobertura e o incitam. É possível ouvi-los dizendo: "Coragem! - continue! continue! - estamos aqui na retaguarda!".<br /><br />Após reagir, e se livrar do agressor magrelo, vem um jovem bem mais alto, com pose de durão, como quem diz: "e aí? vai me encarar também?"... e esse é o principal momento do vídeo: Casey o encara. Não faz nenhum gesto de agressão, apenas olha-o diretamente nos olhos, e o grandão simplesmente congela, sem saber o que fazer. Ele não reconhece mais em Casey a figura da vítima passiva, o saco de pancadas, o alvo fácil que, por tanto tempo, aceitou as agressões sem reagir.<br /><br />Casey vira as costas, e sai andando. Livre e vitorioso.<br /><br /><object height="400" width="600"><param name="movie" value="http://www.dailymotion.com/swf/video/xhlepn"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="wmode" value="transparent"><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://www.dailymotion.com/swf/video/xhlepn" wmode="transparent" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" height="400" width="600"></embed></object><br /><br />O que aconteceu a partir daí?<br /><br />Bom... os dois meninos foram suspensos pela direção da Escola - erro típico de diretores que preferem lavar as mãos a realmente investigar o que aconteceu e decidir quem deve realmente ser punido, mas o importante mesmo é que Casey começou a receber apoio imediato, não apenas de seus próprios colegas, mas também de centenas de milhares de pessoas, de todos os cantos do mundo. De patinho feio, rejeitado e excluído, passou a ser ser aclamado como herói. Tamanha foi a repercussão, que ele foi até entrevistado em um programa de TV.<br /><br />Em apenas alguns segundos, sua vida mudou: uma simples reação - que nada tem a ver com o golpe espetacular, mas com a sua mudança de postura - trouxe-lhe de volta a auto-confiança e auto-estima. Suas palavras são contundentes:<br /><br /><object style="height: 380px; width: 600px;"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/s0z2zsf3Oe8?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/s0z2zsf3Oe8?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" height="380" width="600"></embed></object><br /><br />O <span style="font-style: italic;">bullying</span> é sempre um ato de covardia, praticado por covardes. A pose de valentão é apenas pose. Na maioria dos casos, são apenas indivíduos confusos, assustados, que não conseguem encarar seus próprios fantasmas, e que escolhem justamente aqueles menos reativos para serem suas vítimas. A passividade é a pior das atitudes.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-89872850853070037142011-03-28T10:42:00.002-03:002011-03-28T11:06:08.762-03:00Micro-Veículos AéreosUm projeto financiado pelo DARPA está criando pequenos veículos voadores, que imitam o formato de pássaros, para espionagem e reconhecimento. É um belo exemplo de engenharia.<br /><br /><object width="600" height="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/p/F21563A65F20E744?hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/p/F21563A65F20E744?hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" width="600" height="480" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed></object>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-66563274012878653062011-03-13T01:20:00.001-03:002011-03-13T01:23:06.155-03:00O Brasil que os Brasileiros não conhecem<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DMM7OJ_Kj9I?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/DMM7OJ_Kj9I?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-85710574748831649702011-03-02T22:43:00.004-03:002011-03-02T22:52:32.809-03:00Conrad Wolfram: Ensinando às crianças matemática de verdade com computadores<div style="text-align: center;"><object height="326" width="446"><param name="movie" value="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><param name="wmode" value="transparent"><param name="bgColor" value="#ffffff"> <param name="flashvars" value="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/ConradWolfram_2010G-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/ConradWolfram-2010G.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=1007&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=conrad_wolfram_teaching_kids_real_math_with_computers;year=2010;theme=what_s_next_in_tech;theme=how_we_learn;theme=design_like_you_give_a_damn;theme=unconventional_explanations;event=TEDGlobal+2010;&preAdTag=tconf.ted/embed;tile=1;sz=512x288;"><embed src="http://video.ted.com/assets/player/swf/EmbedPlayer.swf" pluginspace="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" bgcolor="#ffffff" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" flashvars="vu=http://video.ted.com/talks/dynamic/ConradWolfram_2010G-medium.flv&su=http://images.ted.com/images/ted/tedindex/embed-posters/ConradWolfram-2010G.embed_thumbnail.jpg&vw=432&vh=240&ap=0&ti=1007&introDuration=15330&adDuration=4000&postAdDuration=830&adKeys=talk=conrad_wolfram_teaching_kids_real_math_with_computers;year=2010;theme=what_s_next_in_tech;theme=how_we_learn;theme=design_like_you_give_a_damn;theme=unconventional_explanations;event=TEDGlobal+2010;" height="326" width="446"></embed></object></div><br />Fonte: <a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/conrad_wolfram_teaching_kids_real_math_with_computers.html">Conrad Wolfram: Ensinando às crianças matemática de verdade com computadores</a><br /><br />Temos um problema real com o ensino de matemática atualmente. Basicamente, ninguém está muito contente. Os que estão aprendendo acham que ela é algo isolado, desinteressante e difícil. Os que tentam aplicá-la acham que não sabem o suficiente. Os governos percebem que é muito importante para nossas economias, mas não sabem como adequá-la. E os professores também estão frustrados. Mas matemática é mais importante para o mundo do que em qualquer momento da história humana. Então em uma ponta temos o interesse decrescente na educação matemática, e na outra temos um mundo mais matemático, e mais quantitativo do que jamais tivemos.<br /><br />Então qual é o problema, porque surgiu esta lacuna, e o que podemos fazer para resolver isto? Bem, na verdade, eu acredito que a resposta está na nossa cara. Usem computadores. Eu acredito que usar corretamente os computadores seja a solução definitiva para fazer a educação matemática funcionar. Então para explicar isto, primeiro vou falar um pouco sobre como a matemática é na vida real e como ela é na educação. Vejam, na vida real a matemática não é necessariamente feita por matemáticos. Ela é feita por geólogos, engenheiros, biólogos, todo o tipo de pessoa -- modelagem e simulação. Ela é bem popular, na verdade. Mas na educação ela parece bem diferente -- problemas elementares, muitos cálculos -- a maioria na mão. Muitas coisas que parecem simples e não difíceis como na vida real, exceto se você estiver aprendendo. E outra coisa sobre matemática: matemática às vezes se parece com matemática -- como neste exemplo aqui -- e às vezes não -- tipo, "estou bêbado?" E aí temos a resposta que é quantitativa no mundo moderno. Você não esperaria por isto alguns anos atrás. Mas você pode descobrir tudo sobre -- infelizmente, meu peso é um pouco maior que isto, mas -- sobre o que acontece.<br /><br />Então vamos nos afastar um pouco e perguntar, por que estamos ensinando matemática às pessoas? Qual é o propósito de ensinar matemática às pessoas? E em particular, porque estamos ensinando matemática em geral? Porque é uma parte tão importante da educação como uma matéria obrigatória? Bem, acredito que existem três razões: empregos técnicos, tão críticos ao desenvolvimento das nossas economias, o que eu chamo de vida cotidiana. Para funcionar no mundo atual, é preciso ser muito quantitativo, mais do que alguns anos atrás. Calcular sua hipoteca, estar cético das estatísticas do governo, este tipo de coisas. E em terceiro lugar, o que eu chamaria de algo como treino da mente lógica, pensamento lógico. Com os anos tivemos muito esforço da sociedade para sermos capazes de pensar e processar de maneira lógica; é parte da sociedade humana. É muito importante aprender isto. A matemática é uma grande forma de fazer isto.<br /><br />Então vamos fazer outra pergunta. O que é matemática? O que queremos dizer quando falamos que fazemos matemática, ou que ensinamos as pessoas a fazer matemática? Eu penso que se referem a quatro passos, aproximadamente, a começar por fazer a pergunta certa. O que queremos perguntar? O que estamos tentando descobrir aqui? E esta é a coisa mais errada no mundo exterior, virtualmente além de de qualquer outra parte da matemática. As pessoas perguntam a coisa errada, e claro, recebem a resposta errada, por esta razão, senão por outras. Então o próximo passo é pegar este problema e transformá-lo de um problema do mundo real em um problema matemático. Este é o segundo estágio. Uma vez isto feito, então temos o passo da computação. Transforme em uma resposta em forma matemática. E é claro, a matemática é poderosa para isto. E então finalmente, leve de volta ao mundo real. Respondeu a questão? E também verifique o resultado -- um passo crucial. E aqui está a incoerência disto. Em educação matemática, gastamos em torno de 80% do tempo talvez ensinando as pessoas a fazer o passo três na mão. Mas este é um passo que computadores podem fazer melhor que qualquer humano com anos de prática. Ao invés disto, deveríamos estar usando computadores para fazer o passo três e usando os estudantes para botar muito mais esforço aprendendo a fazer os passos um, dois e quatro -- conceitualizando problemas, aplicando os passos, fazendo o professor ensinar como fazer isto.<br /><br />O ponto crucial aqui é: matemática não é igual a calcular. Matemática é uma matéria muito mais ampla que cálculos. É compreensível que tudo isto tenha se entrelaçado ao longo dos séculos. Só havia uma forma de fazer cálculos: manualmente. Mas nas últimas décadas isto mudou completamente. Tivemos a maior transformação de qualquer matéria antiga que eu jamais poderia imaginar com computadores. Calcular era geralmente o passo limitante, e agora frequentemente não é. Então eu penso em termos de a matemática ter se libertado dos cálculos. Mas esta libertação da matemática ainda não chegou na educação. Vejam, eu penso em cálculos, de certa forma, como o maquinário da matemática. É a tarefa elementar. É a coisa que você gostaria de evitar se pudesse, dar a uma máquina para ela fazer. É um meio para um fim, não o fim em si. E a automação nos permite ter este maquinário. Os computadores nos permitem fazer isto. E este não é um probleminha. Eu estimei que, atualmente no mundo, gastamos cerca de 106 vidas em média ensinando as pessoas a calcular manualmente. Este é um empenho humano assombroso. Então é melhor termos muita certeza -- e, a propósito, a maioria nem se divertiu aprendendo. Então é melhor termos muita certeza que sabemos o porquê de estarmos fazendo isto e que tenha um propósito real.<br /><br />Eu acho que devemos aceitar os computadores fazendo os cálculos e só fazer cálculos manualmente quando fizer sentido ensinar isto às pessoas. E eu acredito que existem alguns casos. Por exemplo: aritmética mental. Eu ainda faço muito disto, especialmente para estimar. As pessoas dizem, isto e aquilo é verdade, e eu digo, hmm, não sei não. Vou pensar um pouco a respeito. Ainda é mais rápido e mais prático fazer isto. Então eu penso que praticidade é um caso que compensa ensinar às pessoas a calcular manualmente. E também existem alguns aspectos conceituais que também podem se beneficiar do cálculo manual, mas eu acho que eles são relativamente poucos. Uma coisa sobre a qual eu pergunto com frequencia é grego antigo e como ele se relaciona a isto. Vejam, o que estamos fazendo agora, é que estamos forçando as pessoas a aprender matemática. É um assunto importante. Não estou por um minuto sugerindo que, se as pessoas estão interessadas em calcular manualmente ou em seguir seus próprios interesses em qualquer assunto, por mais bizarro -- elas deveriam fazer isto. Isto é exatamente a coisa certa, as pessoas seguirem seus próprios interesses. Eu estava um pouco interessado em grego antigo, mas eu não acho que nós deveríamos forçar toda a população a aprender uma matéria como grego antigo. Eu não acho que se justifique. Por isso faço a distinção entre o que estamos forçando as pessoas a fazer e o assunto que está na moda e o assunto que, de certo modo, as pessoas podem seguir por interesse próprio e talvez até serem incentivadas a isto.<br /><br />Então quais são os problemas que as pessoas veem nisto? Bem, um deles é que, elas dizem, você precisa aprender o básico primeiro. Você não deveria usar a máquina até você saber o básico do assunto. Então minha pergunta habitual é, o que significa básico? Básico do quê? O básico de dirigir um carro é aprender a consertá-lo, ou projetá-lo por acaso? O básico para aprender a escrever é saber afiar um bico-de-pena? Acho que não. Acho que você precisa separar o básico daquilo que você está tentando fazer de como é feito e a mecânica de como fazer. E a automação permite fazer esta separação. Cem anos atrás, certamente é verdade que para dirigir um carro você meio que precisava saber muito sobre a mecânica do carro e como o tempo de ignição funcionava e coisas do tipo. Mas automação em carros permitiu separar isto, então dirigir agora é um assunto muito separado, por assim dizer, da engenharia do carro ou do aprendizado de como consertá-lo. Então a automação permite esta separação e também permite -- no caso da direção, e eu acredito também no caso futuro da matemática -- um modo democratizado de fazer isto. Pode ser difundido por um número muito maior de pessoas que realmente consiga trabalhar com isto.<br /><br />Então tem outra coisa que vem com o básico. As pessoas confundem, eu acredito, a ordem das invenções das ferramentas com a ordem na qual elas deveriam ser usadas no ensino. Só porque o papel foi inventado antes dos computadores, não necessariamente significa que você consegue chegar mais no básico da matéria usando papel ao invés de um computador para ensinar matemática. Minha filha me proporcionou uma narrativa um tanto bacana sobre isto. Ela gosta de fazer o que ela chama de laptop de papel. (Risos) Então eu perguntei a ela um dia, "Sabe, quando eu tinha a sua idade, eu não fazia estas coisas. Você sabe por quê?" E depois de um ou dois segundos de cuidadosa reflexão, ela disse, "Não tinha papel?" (risos) Se você nasceu depois dos computadores e do papel, não faz diferença a ordem que usam isto para lhe ensinar, você só quer ter a melhor ferramenta.<br /><br />Então outro que aparece é "computadores simplificam a matemática." Que de alguma forma, se você usa um computador, é só um apertar de botões estúpido, mas se você faz manualmente, é tudo esforço intelectual. Isto meio que me incomoda, preciso dizer. Nós realmente acreditamos que a matemática que a maioria das pessoas está praticando na escola hoje realmente é algo além de aplicar procedimentos a problemas que elas não compreendem de fato, por razões que elas não entendem? Acho que não. E o que é pior, o que elas estão aprendendo lá nem é mais útil na prática. Pode ter sido 50 anos atrás, mas não é mais. Quando eles estão fora da escola, eles fazem no computador. Só para deixar claro, eu penso que os computadores realmente podem ajudar com este problema, de fato, tornando-o mais conceitual. Claro, como qualquer grande ferramenta eles podem ser usados de forma completamente negligente, como transformar tudo em um show multimídia, como no exemplo que me mostraram alguém resolvendo uma equação manualmente, onde o computador era o professor -- ensinando ao estudante como manipular e resolver manualmente. Isto é loucura. Por que estamos usando computadores para mostrar a um aluno como resolver manualmente um problema que o computador deveria estar resolvendo? Tudo ao contrário.<br /><br />Deixe-me mostrar que você também pode tornar os problemas mais difíceis de calcular. Normalmente na escola, você faz coisas como resolver equações de segundo grau. Mas quando você está usando um computador, você pode simplesmente substituir. Torne-a uma equação do quarto grau; torne-a mais difícil, em relação ao cálculo. Os mesmos princípios se aplicam -- cálculos, mais difíceis. E problemas do mundo real parecem malucos e horríveis como isto. São problemas bem cabeludos. Eles não são as coisas simples, elementares que vimos na matemática da escola. E pense no mundo exterior. Nós realmente acreditamos que engenharia e biologia e todas estas outras coisas que tem se beneficiado tanto com os computadores e a matemática de alguma forma conceitual foram reduzidos por usar computadores? Creio que não; muito pelo contrário. Então o problema que realmente temos na educação matemática não é que os computadores podem simplificá-la, mas que tenhamos problemas simplificados no momento. Bem, outro problema que as pessoas levantam é que de alguma forma os procedimentos de calcular manualmente ensinam a compreensão. Então se você passar por muitos exemplos, você pode conseguir a resposta -- você pode entender como o básico do sistema funciona melhor. Eu creio que há uma coisa que eu acho muito válida aqui, que é que eu acho que entender os procedimentos e os processos é importante. Mas tem uma forma fantástica de fazer isto no mundo moderno. É chamado de programação.<br /><br />Programação é como a maioria dos procedimentos e processos são escritos hoje em dia, e também é uma ótima forma de envolver muito mais os estudantes e verificar que eles realmente entenderam. Se você realmente quer ter certeza que entende matemática então escreva um programa para fazê-la. Creio que é pela programação que deveríamos verificar a compreensão. Então para deixar claro, o que eu realmente estou sugerindo aqui é que temos a oportunidade única de tornar a matemática mais prática e mais conceitual, simultaneamente. Eu não consigo pensar em nenhuma outra matéria onde isto tenha sido possível recentemente. Geralmente é um tipo de escolha entre o vocacional e o intelectual. Mas eu acho que podemos fazer ambos ao mesmo tempo aqui. E nós abrimos tantas possibilidades a mais. Você pode fazer tantos problemas a mais. O que eu realmente acho que ganhamos disto é estudantes adquirindo intuição e experiência em muito mais quantidades do que eles jamais tiveram antes. E experiência com problemas mais difíceis -- poder brincar com a matemática, interagir com ela, senti-la. Nós queremos pessoas que possam sentir a matemática instintivamente. É isto que o computador nos permite fazer.<br /><br />Outra coisa que ele nos permite fazer é reordenar o currículo. Tradicionalmente é por quão difícil é calcular, mas agora podemos reordená-lo por quão difícil é entender os conceitos, independente de quão difícil é calcular. Cálculo tradicionalmente é ensinado muito tarde. Por que isto? Bem, é muito difícil fazer os cálculos, este é o problema. Mas na verdade muitos dos conceitos são compreensíveis para uma faixa etária muito mais jovem. Este é um exemplo que eu criei para a minha filha. E muito, muito simples. Estávamos falando sobre o que acontece quando você aumenta o número de lados de um polígono para um número muito grande. E é claro, ele se transforma em um círculo. E a propósito, ela também insistiu muito em ser possível trocar a cor, um aspecto importante para esta demonstração. Você pode ver que este é um passo muito primitivo em direção a limites e cálculo diferencial e o que acontece quando você leva as coisas ao extremo -- e lados muito pequenos e um número muito grande de lados. Exemplo muito simples. Esta é uma visão do mundo que geralmente não damos às pessoas até muitos, muitos anos depois. E ainda assim, é uma visão prática do mundo muito importante. Então um dos bloqueios que temos ao levar este plano adiante são os exames. No fim, se testamos todos manualmente nas provas, é meio que difícil conseguir mudar os currículos a um ponto onde eles possam usar computadores durante os semestres.<br /><br />E uma das razões pelas quais é tão importante -- então é muito importante ter computadores nas provas. Então podemos fazer questões, questões reais, questões como, qual é a melhor política de seguro de vida a escolher? -- questões reais que pessoas tem na sua vida cotidiana. E vejam, isto não é um modelo idiotizado aqui. Isto é um modelo real onde podemos ser solicitados a otimizar o que acontece. quantos anos de proteção você necessita? O que isto faz aos pagamentos e às taxas de juros e assim por diante? Não estou em nenhum momento sugerindo que seja o único tipo de questão que deveria ser perguntado em provas, mas acredito que seja um tipo muito importante que no momento é completamente ignorado e é crítico para as pessoas terem um entendimento real.<br /><br />Então eu acredito que uma reforma crítica precisa ser feita na matemática baseada em computadores. Precisamos ter certeza que podemos levar nossas economias adiante, e também nossas sociedades, baseado na idéia de que as pessoas realmente podem sentir matemática. Isto não é um extra opcional. E o país que fizer isto primeiro vai, no meu ponto de vista, dar um salto à frente dos outros alcançando mesmo uma nova economia, uma economia aprimorada, uma perspectiva aprimorada. De fato, eu até digo para nos movermos daquilo que chamamos de economia do conhecimento para aquilo que chamaríamos de economia do conhecimento computacional, onde a matemática de alto nível está integrada ao que todos fazem da forma que o conhecimento atualmente integra. Podemos envolver muito mais alunos assim, e eles podem divertir-se fazendo isto. E, vamos entender, isto não é um tipo de mudança incremental. Estamos tentando transpor o abismo aqui entre a matemática escolar e a matemática do mundo real. E você sabe que se você caminha através do abismo, você acaba tornando as coisas piores do que se você nem tivesse começado -- desastre maior ainda. Não, o que estou sugerindo é que deveríamos saltar, deveríamos aumentar nossa velocidade para que seja alta, e deveríamos pular de um lado para o outro -- claro, tendo calculado nossa equação diferencial muito cuidadosamente.<br /><br />(Risos)<br /><br />Então quero ver um currículo matemático completamente mudado, renovado, construído da estaca zero, baseado em ter computadores lá, computadores que são agora quase onipresentes. Máquinas de calcular estão por toda parte e vão estar em todos os lugares em poucos anos. Nem tenho certeza se deveríamos chamar a matéria de matemática, mas o que tenho certeza é que é a matéria principal do futuro. Vamos buscar isto. E já que estamos no assunto, vamos nos divertir um pouco, por nós, pelos estudantes e pelo TED aqui.<br /><br />Obrigado.<br /><br />(Aplausos)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-51902816413629230162011-02-25T11:42:00.004-03:002011-03-03T10:41:43.758-03:00O Detector de Passageiros SuspeitosEssa semana, em meio a uma conversa com colegas sobre nossa pesquisa, lembrei-me de uma história que fazia parte do repertório de "causos" dos meus saudosos tempos de graduação, em Campina Grande, PB. Era mais ou menos assim:<br /><br />Um de nossos professores pegou um taxi e, conversa vai, conversa vem, o taxista comentou sobre a onda de assaltos a taxis que estava acontecendo na época, e a preocupação que isso estava causando a todos os seus colegas... Nesse momento, o professor se identificou, mencionando todos os seus títulos acadêmicos, e disse que imaginava uma solução para esse problema:<br /><blockquote style="font-style: italic;">Imagine uma caixinha - um aparelho eletrônico microprocessado - instalado aqui, no painel do seu taxi. Essa caixinha teria dois LED's: um vermelho, outro verde. Ao aproximar-se de um possível passageiro, se o LED verde acender, pode encostar sem medo, porque o passageiro não é suspeito, e não oferece risco, mas se o LED vermelho acender, isso indicaria que o passageiro é suspeito, possivelmente um assaltante, e aí o senhor simplesmente segue em frente, e não cai em sua armadilha.</blockquote>O taxista ficou maravilhado!!! - aquilo era fantástico! - a solução definitiva para todos os problemas de assaltos!<br /><br />Conversaram animadamente sobre as possibilidades desse aparelho e, quando deixou o professor em seu destino, dirigiu-se imediatamente para o sindicato dos taxistas, onde contou toda a história, e convenceu seus colegas sobre a importância de bancar o desenvolvimento desse aparelho.<br /><br />Após quatro anos bancando o projeto, diversos <span style="font-style: italic;">papers</span> sobre o assunto foram publicados, alguns deles em congressos internacionais... mas não havia sequer um protótipo, com um funcionamento aproximado àquele descrito na primeira conversa. Irritado, e pressionado por seus colegas, o taxista procurou o professor para uma conversa definitiva. Foi quando ouviu a seguinte explicação:<br /><blockquote><span style="font-style: italic;">Amigo, acho que o senhor não compreende o que significa uma pesquisa acadêmica... Quando conversamos, eu lhe apresentei uma ideia de algo que solucionaria o seu problema - e o senhor mesmo concordou que a ideia era boa, e que valia a pena investir nela - mas eu nunca disse que eu já sabia como fabricar tal aparelho, nem mesmo se chegaríamos a tal resultado, algum dia.</span><br /></blockquote>Sem argumentos, o taxista voltou à sede do sindicato, e tentou explicar isso aos seus colegas.<br /><br />Não sabemos o que aconteceu a partir daí... imagino apenas que aqueles taxistas compreenderam o que significa uma pesquisa acadêmica (pelo menos, uma parte delas)...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-71796194367722288152010-10-21T13:11:00.007-03:002014-05-25T22:33:49.919-03:00Contra dados não há argumentosAlgumas pessoas (incluindo representantes de grandes veículos de mídia) tentam gerar desinformação, para confundir a população e induzi-los a erro na hora de votar. Isso é um atentado à democracia.<br />
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Então, vamos deixar o trololó da mídia de lado, e vamos direto aos dados.<br />
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A mídia diz que FHC "estabilizou a economia brasileira", e que Lula só conseguiu fazer alguma coisa por causa dessa herança de FHC. Dizem também que o Brasil perdeu a oportunidade histórica de crescer igual à China... Será verdade? vamos aos dados?<br />
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O gráfico abaixo (gerado por um aplicativo do Google, com dados do Banco Mundial) compara o crescimento do PIB do Brasil e da China.<br />
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<iframe width="600" height="400" frameborder="0" scrolling="no" marginwidth="0" marginheight="0" src="http://www.google.com/publicdata/embed?ds=d5bncppjof8f9_&ctype=l&strail=false&bcs=d&nselm=h&met_y=ny_gdp_mktp_cd&scale_y=log&ind_y=false&rdim=region&idim=country:BRA:CHN&ifdim=region&tstart=170218800000&tend=1337914800000&hl=pt_BR&dl=pt_BR&ind=false"></iframe><br />
O gráfico mostra claramente que Brasil e China sempre tiveram PIBs idênticos, até 1996, quando o PIB brasileiro misteriosamente começa a cair, enquanto a China continua a crescer.<br />
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FHC, que foi o presidente do Brasil de 1994 até 2002, faz muito mimimi, dizendo que o PIB brasileiro caiu por causa das "crises econômicas mundiais"... mas como explicar, então, que nesse período, o PIB brasileiro DIMINUIU em 7% enquanto o da China cresceu 160%?<br />
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Com a posse de Lula, em 2003, o gráfico mostra imediata recuperação do PIB brasileiro. De 2003 a 2008, sob o governo Lula, o nosso PIB cresceu 188%, enquanto a China cresceu 198%.<br />
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Qual é o argumento para o trololó da mídia, afinal???<br />
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FHC, o sociólogo iluminado, entregou para Lula um país quebrado, porque VENDEU todas as suas riquezas nos processos de privataria.<br />
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Lula recuperou a economia brasileira, enfrentou em 2008 a maior crise econômica da história, deste a grande crise de 1929, e fez o Brasil crescer tanto quanto a China. Só não estamos hoje no mesmo patamar da China por causa dos 8 anos de atraso durante o período FHC.<br />
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Contra dados, não há argumentos.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-61714072395037107272010-09-23T16:59:00.009-03:002010-10-01T10:16:32.449-03:00III Jornada de Informática - COINF/LagartoNo período de <span style="font-weight: bold;">27 a 29 de setembro</span> de 2010 será realizada a III Jornada de Informática no Campus Lagarto, cujo tema é: “<span style="font-weight: bold;">Imersão Tecnológica: os desafios no mercado de Trabalho</span>”, com o objetivo de apresentar algumas das novidades na área de Informática visando integrar a comunidade em geral com o que há de mais novo em Tecnologia.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA0_OsSar1xTVFno_JJ1tMn71Ca2UjyBP0ng__k2uf5q7Hi1woVCMPeychFimeSOjo3p-dNjdYCaPKhyEruZ_41lPaLJ9gmYrZEITEK0dXitn9ZYFc_PEVMBfyOp-mUmDhincy-ooMVEmg/s1600/jornada.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 283px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA0_OsSar1xTVFno_JJ1tMn71Ca2UjyBP0ng__k2uf5q7Hi1woVCMPeychFimeSOjo3p-dNjdYCaPKhyEruZ_41lPaLJ9gmYrZEITEK0dXitn9ZYFc_PEVMBfyOp-mUmDhincy-ooMVEmg/s400/jornada.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5520202273359065554" border="0" /></a><br />No dia 28, apresentarei palestra sobre <span style="font-weight: bold;">Sistemas Embarcados</span><br /><br />Veja programação completa <a style="font-weight: bold;" href="http://200.133.48.26/coinf.lagarto/index.php?option=com_content&view=article&id=58:iii-jornada-de-informatica&catid=36:diversas">aqui</a><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Atualização</span>: Veja os slides da apresentação<br /><br /><div style="text-align: center;"><object id="__sse5332381" height="355" width="425"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=sistemasembarcados-101001074037-phpapp02&stripped_title=sistemas-embarcados&userName=fprudente"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed name="__sse5332381" src="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=sistemasembarcados-101001074037-phpapp02&stripped_title=sistemas-embarcados&userName=fprudente" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="355" width="425"></embed></object><br />View more <a href="http://www.slideshare.net/">presentations</a> from <a href="http://www.slideshare.net/fprudente">Fábio Prudente</a>.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-34244618333153502722010-09-21T10:24:00.004-03:002010-09-21T12:18:01.637-03:00Sua universidade desenvolve coisas assim?No meu curso de Engenharia, estudei muita matemática... com tantas equações e quase nenhuma aplicação prática em laboratório, era difícil saber a diferença entre um curso de engenharia e um curso de matemática!!!<br /><br />É claro que a capacidade de trabalhar com modelos matemáticos é fundamental para a formação em qualquer engenharia, mas... a matemática só se transforma em engenharia quando somos capazes de ir além dos modelos, e construir soluções concretas, para problemas reais.<br /><br />Se você é professor, e atua em um curso de tecnologia (em qualquer nível, em qualquer área), reflita: as atividades que você desenvolve em sua disciplina contribuem para a construção de soluções concretas? ou tudo é desenvolvido no plano idealizado dos modelos e simulações?<br /><br />Se você é estudante, em um curso de tecnologia, repito: o domínio das ferramentas matemáticas é fundamental para o seu curso, e não há como você fugir disso, mas fique atento, porque os seus professores podem estar usando o formalismo matemático para mantê-lo ocupado, com a falsa sensação de que estão aprendendo algo útil, quando na realidade o que eles querem mesmo é fugir do laboratório, e esconder de você as dificuldades do mundo real!<br /><br />Abaixo, vejam a diferença entre modelar, e construir soluções para problemas reais.<br /><br /><div style="text-align: center;"><object height="360" width="600"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/p/925412F223718EC6?hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/p/925412F223718EC6?hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="360" width="600"></embed></object><br /><br /><div style="text-align: left;">ok... peguei pesado com o exemplo acima. Mas veja esse outro: em seu curso, os estudantes são capazes de desenvolver algo assim?<br /></div><br /><object height="440" width="600"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9dI7sD7Kydk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/9dI7sD7Kydk?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="440" width="600"></embed></object></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7687602042088451105.post-12924195266085783022010-09-05T16:33:00.005-03:002010-09-09T15:20:56.857-03:00Os Anjos, os demônios... e o JaborRecebi mais um email sobre as eleições 2010, dessa vez com um texto atribuído ao Arnaldo Jabor, dizendo: "Vote na Dilma e ganhe, inteiramente grátis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer..."<br /><br />Então... vote no Serra, e ganhe, inteiramente grátis... espere... prefiro que o próprio candidato se pronuncie!<br /><br /><div style="text-align: center;"><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CRVBdRYgILg?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/CRVBdRYgILg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></div><br />é triste, mas essa é a realidade da política brasileira. O povo do Maranhão vota nos Sarney... O povo das Alagoas vota em Calheiros e Collor... o povo do Pará vota no Barbalho... todos eles são (foram / serão) legitimamente eleitos. Todos nós, e o próximo presidente, seja quem for, vai ter que conviver com essa realidade.<br /><br />por causa da aritmética eleitoral, o PT precisa se coligar ao PMDB... assim como o PSDB precisa do DEM. Simples assim. PMDB e DEM estão aí, desde o princípio dos tempos, sempre como legendas de aluguel. Coligam-se com um e com outro, fazem número, mas nunca tiveram identidade ou ideologia. Claro que o PV, PSOL, PSTU podem bradar sua pureza, durante a campanha... mas sabemos que, apesar de suas boas intenções, não se sustentam em nosso sistema político.<br /><br />quanto aos Delúbios e Valérios... todos sabemos que eles também estão vagando pelos corredores do Planalto desde sempre. Não foram criados pelo PT, nem pelo PSDB... e não se iludam: não seriam extintos pelo PV, PSOL ou PSTU. Eles simplesmente fazem parte do ecossistema, assim como os vermes, insetos e os fungos: você pode não gostar da existência deles, mas eles têm um papel no ecossistema.<br /><br />o argumento do Jabor, portanto, apesar de basear-se em premissas corretas, não passa de simples manipulação. É puro sofisma, pois suas premissas se aplicam a todos os lados. Nem vou comentar as citações ao Ahmadinejad, Chaves e Castro... o Jabor vai votar em quem, afinal? Quem é o candidato que, se eleito presidente (do Brasil), vai riscar do mapa todos esses nomes do cenário político nacional e internacional (sem substituí-los por outros, de igual quilate)?<br /><br />O Jabor votaria em Deus??? - acho que não. Pela lógica tortuosa do Jabor, é possível provar que Deus está associado a todos esses malfeitores, já que sabe de tudo, tem o poder para intervir, mas nada faz.<br /><br />Jabor está acima do bem e do mal.<br /><br />numa eleição, não há anjos nem demônios, apenas candidatos. Cada um com seus vícios e virtudes, cada um com suas histórias e realizações. Em vez de seguir os agouros de um comentarista qualquer, melhor seguir sua própria consciência.<br /><br />democracia é um processo... e infelizmente, é um processo mais lento do que nós gostaríamos. Mas, não sejamos pessimistas! - nosso cenário político já foi muito mais podre do que o atual. Nossa democracia ainda é muito recente, e nosso povo ainda está aprendendo a votar. Aos poucos, vamos aprendendo com tentativas e erros, mas a cada eleição, vejo que o cenário vai melhorando.<br /><br />apesar do terrorismo do Jabor, estamos no caminho certo.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15830916821010843461noreply@blogger.com3