Lá nos anos 1960, os computadores eram máquinas enormes e caríssimas, e o software, sem valor comercial naquela época, era desenvolvido e compartilhado livremente em sua forma original: o código-fonte, que podia ser lido e modificado por qualquer programador.
Nos anos 70, surgem os microcomputadores, e o Bill Gates, visionário, compreende que o software passará a valer mais que o hardware: em 76, inicia campanha para estender a lei de copyrights para proteger o software. No mesmo período, no mundo corporativo, surge o sistema operacional UNIX, que seria referência para vários clones (BSD, AIX, Solaris, GNU...)
Em 1980, a Microsoft sela contrato histórico para fornecer o MS-DOS à IBM - poderosa fabricante de computadores corporativos que havia decidido entrar no mundo dos microcomputadores com o IBM-PC. Centenas de outras empresas passam a produzir e comercializar softwares de todos os tipos, protegidos por copyright.
Em 1985, inconformado com a crescente privatização do software, Richard Stallman define as bases para o "copyleft" (uso do copyright para garantir liberdades, e não proibições), cria a Free Software Foundation, e inicia o desenvolvimento colaborativo de um SO de código aberto e livre: o projeto GNU cresce rapidamente, desenvolvendo inúmeras ferramentas necessárias à implementação do SO, mas o componente principal, o núcleo (kernel), encontra dificuldades...
Em 1991, Linus Torvalds apresenta ao mundo um núcleo funcional para o sistema GNU. Surge o GNU/Linux, ou simplesmente, Linux. Em um mundo já dominado por grandes empresas de software proprietário, a batalha parece perdida. A indústria do software consolida-se sobre o modelo do software proprietário, e o software livre parece estar destinado ao mundo dos nerds... mas isso é apenas ilusão...
Paralelo a tudo isso, uma importante revolução estava para eclodir: a internet. O protocolo básico (TCP/IP) já havia sido desenvolvido nos anos 70. Os serviços básicos (email, BBS, IRC...) surgiram nos anos 80, mas foi em 1989 que Tim Berners-Lee apresentou ao mundo o HTML, dando origem à WWW (World-wide web). Todos esses protocolos - a infraestrutura de todo o nosso mundo moderno - havia sido desenvolvida sobre softwares livres. E continuaria evoluindo assim.
Nos anos 2000, todos os gigantes da internet (Google, Facebook, Twitter...) rodam seus serviços sobre softwares livres (sistemas operacionais, sistemas de arquivos, protocolos, bancos de dados...) - e investem pesado no desenvolvimento dessas tecnologias. O software livre ganha impulso, e passa a ser patrocinado por grandes empresas, mas continua sendo livre, graças à sagacidade de Richard Stallman, e sua copyleft.
Na telinha do usuário final, seja no smartphone, seja no desktop, a maioria dos aplicativos ainda pertence ao modelo do software proprietário - mesmo que seus códigos executáveis (binários) sejam distribuídos gratuitamente, seus códigos-fonte são fechados - mas por baixo, quase tudo o que você usa, é provido por softwares livres - códigos que são desenvolvidos colaborativamente, que podem ser estudados, modificados e redistribuídos livremente, por qualquer um.
Nos anos 2000, todos os gigantes da internet (Google, Facebook, Twitter...) rodam seus serviços sobre softwares livres (sistemas operacionais, sistemas de arquivos, protocolos, bancos de dados...) - e investem pesado no desenvolvimento dessas tecnologias. O software livre ganha impulso, e passa a ser patrocinado por grandes empresas, mas continua sendo livre, graças à sagacidade de Richard Stallman, e sua copyleft.
Na telinha do usuário final, seja no smartphone, seja no desktop, a maioria dos aplicativos ainda pertence ao modelo do software proprietário - mesmo que seus códigos executáveis (binários) sejam distribuídos gratuitamente, seus códigos-fonte são fechados - mas por baixo, quase tudo o que você usa, é provido por softwares livres - códigos que são desenvolvidos colaborativamente, que podem ser estudados, modificados e redistribuídos livremente, por qualquer um.