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quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Presente

O que é o tempo?

Essa é uma questão que tem atormentado grandes pensadores, desde sempre. Chega a ser irônico: somos capazes de medir o tempo com absoluta precisão, mas não sabemos defini-lo. Todos concordamos, entretanto, que o tempo pode ser dividido em três partes: passado, presente, e futuro.

Sabemos muito bem o que são o passado e o futuro, mas... o que é o presente? O presente - o momento em que você está vivendo, agora - é um instante infinitesimal, espremido entre o passado e o futuro. Quanto tempo dura o presente? um minuto? um segundo? um milésimo de segundo?

A duração do presente depende de quem o vive. Quando crianças, temos a invejável capacidade de dilatar o presente. Esquecemos rapidamente o passado, não nos preocupamos com o futuro, e simplesmente vivemos o presente. À medida que crescemos, perdemos gradativamente essa capacidade. Passamos a visitar demais nossas lembranças, e a pensar demais sobre o futuro. Não há nada de errado em nossa capacidade de relembrar o passado, e projetar o futuro, só não podemos permitir que ela nos tire a capacidade que tínhamos, quando crianças, de viver o presente.

Em datas comemorativas, temos o costume de dar... "presentes". Curioso esse nome. O presente geralmente é um objeto que tem duas funções: marcar a sua "presença" junto à pessoa presenteada, e fazer com que essa pessoa, no futuro, relembre de você, e daquele momento comemorativo, que ficou no passado. Irônico, não? no momento em que você entrega o presente, a sua presença muitas vezes nem é notada... no momento em que um presente induz alguém a rememorar o passado, priva-o de viver o presente... Por isso, não gosto de presentes.

Não permita que o passado o aprisione. O que passou, passou. Por mais que você o relembre, e o reviva, não vai mudá-lo. Seja lá o que houve no passado, de bom ou de ruim, ficou para traz. Aprenda com o passado, use esse aprendizado para nortear o seu presente, mas não tente revivê-lo.

Não permita que o futuro o atormente. Planejar é necessário, mas todos os planos sempre têm uma boa margem de incertezas. Quem se prende rigidamente aos seus planos, e não vive o presente, não consegue perceber as oportunidades que a vida sempre oferece.

Não permita - sobretudo - que outras pessoas comandem o seu tempo.

Viva o presente. Visite o passado e o futuro, pois você pode, mas nunca se esqueça: só se vive, mesmo, no presente.

Esse é o meu presente, para você.


Um comentário:

Edson Menezes disse...

Para quem não gosta de dar presentes, este foi um dos grandes

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