Oficialmente, o projeto nasceu há exatos 4 anos, em janeiro de 2005, no fórum econômico de Davos, quando Nicholas expôs sua ideia visionária, quase utópica, de revolucionar a educação com a distribuição de um laptop para cada criança, no mundo inteiro. Seu plano era criar um produto atraente, com conceitos inovadores, e vender milhões de unidades nos países ricos, para assim reduzir os custos de produção (por economia de escala) e subsidiar a distribuição gratuita nos países mais pobres.
Após 4 anos, a primeira versão do laptop, o XO-1, pode comemorar um relativo sucesso. Em meio a problemas com desenvolvedores, acordos frustrados com grandes parceiros, e adaptações nos rumos do próprio projeto, Nicholas se mantém otimista:
"Há mais de 600.000 laptops distribuídos, 250.000 em trânsito, e outros 380.000 em produção, logo são cerca de 1,2 milhão de unidades. Trinta e um países, em 19 linguagens, são as estatísticas exatas. É menos do que eu havia antecipado, mas ainda assim é gratificante."
Primeira geração: XO-1
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A nova versão do laptop da OLPC, o XO-2, teve seu primeiro protótipo apresentado em maio de 2008, e traz um novo conceito:(clique para ampliar)
"A primeira geração é um laptop que pode ser um livro; a próxima geração será um livro, que pode ser um laptop"
Segunda geração: XO-2
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E o conceito desse novo notebook é realmente inovador. A novidade que mais me agradou, entretanto, foi a intenção de desenvolvê-lo como um projeto de hardware livre. Segundo Negroponte:
"Uma coisa importante sobre o XO-2 é que vamos fazê-lo como um programa de hardware livre. O XO-1 foi realmente projetado como se fôssemos a Apple. O XO-2 será projetado como se fôssemos o Google - vamos querer que as pessoas copiem ele. Faremos seus componentes disponíveis. Tentaremos usar uma abordagem exatamente oposta à que adotamos com o XO-1"
Outro ponto interessante sobre o XO-2 é que ele tem apelo comercial para consumidores ocidentais, como um leitor para e-books, e há potencialmente um mercado de massa, para o preço-alvo de $75,00. Por ser um projeto livre, empresas como Asus ou Acer podem fabricá-lo, sem terem que pagar royalties à OLPC.
Um projeto que foi iniciado para ajudar crianças em países em desenvolvimento pode acabar ajudando também crianças no ocidente. "Eu não reclamaria", diz Nicholas.
Um projeto que foi iniciado para ajudar crianças em países em desenvolvimento pode acabar ajudando também crianças no ocidente. "Eu não reclamaria", diz Nicholas.
Fonte: The Guardian