Recentemente, apresentei uma palestra sobre Modelos de Negócios baseados em Software Livre, na qual tento mostrar diversas formas para obter receita, mesmo produzindo softwares livres.
Hoje, surpreendi-me com um modelo inusitado: a adoção voluntária de uma linha de código.
No mesmo modelo de campanhas do tipo "adote um aluno", ou "adote uma árvore", que pedem uma doação mensal para custear o desenvolvimento de uma determinada ação, essa campanha, lançada pela equipe de desenvolvimento do Miro (um player para vídeos online) pede que você adote uma linha de código.
Ao adotar uma linha de código, no valor de $4,00 por mês por cada linha, você recebe um certificado de adoção, tem o seu nome incluído nos créditos do aplicativo, e pode até visualizar e acompanhar a evolução da linha que você adotou.
A princípio, essa parece ser uma ideia absurda, afinal, quem é que vai pagar $4,00 por mês, para entrar nessa??? A resposta é simples: para cidadãos americanos, a doação é 100% dedutível do imposto de renda, daí, faz todo o sentido: se você vai ter mesmo que pagar aquele valor, então que seja para algo do seu interesse!
Ainda não dá pra saber se esse modelo vai funcionar ou não, mas a proposta é interessante, principalmente para empresas (pessoas jurídicas) que tenham interesse no desenvolvimento dessa software. É uma forma de direcionar a aplicação do seu imposto para um fim que lhe seja útil, ou interessante - portanto, pode ser uma forma de investimento.
Será que a legislação brasileira permitiria algo assim???
quinta-feira, 30 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Modelos de Negócios baseados em Software Livre (v2.0)
Acabo de apresentar a nova versão da palestra "Modelos de Negócios baseados em Software Livre", no FLISOL 2009, aqui em Aracaju-SE. Em comparação com a primeira versão, apresentada no SENAI-TEC, no ano passado, dei uma mudada geral no visual, e também atualizei o conteúdo. Acho que ficou bem melhor.
O objetivo principal dessa apresentação continua o mesmo: derrubar alguns mitos e preconceitos que ainda pesam sobre o conceito de Software Livre, principalmente quando relacionados à sua exploração como atividade lucrativa. Mesmo entre profissionais de TI, há muita desinformação sobre esse assunto.
Não pretendo evangelizar ninguém, nem afirmar que todos devem adotar o software livre em seus modelos de negócios. Quero apenas passar algumas informações, além da minha visão sobre o assunto, para que cada um tire suas próprias conclusões.
Se você gostar do conteúdo, sinta-se livre para copiá-la, incorporá-la em seu blog, ou mesmo modificá-la. Afinal, essa é a essência do que nós estamos falando: Liberdade para propagar o conhecimento. Caso modifique, ou tenha sugestões para modificações, será um prazer receber o seu comentário.
ATENÇÃO: Você pode visualizar a apresentação aqui, ou fazer o download do arquivo no formato odp (BrOffice), com as anotações para cada slide.
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O objetivo principal dessa apresentação continua o mesmo: derrubar alguns mitos e preconceitos que ainda pesam sobre o conceito de Software Livre, principalmente quando relacionados à sua exploração como atividade lucrativa. Mesmo entre profissionais de TI, há muita desinformação sobre esse assunto.
Não pretendo evangelizar ninguém, nem afirmar que todos devem adotar o software livre em seus modelos de negócios. Quero apenas passar algumas informações, além da minha visão sobre o assunto, para que cada um tire suas próprias conclusões.
Se você gostar do conteúdo, sinta-se livre para copiá-la, incorporá-la em seu blog, ou mesmo modificá-la. Afinal, essa é a essência do que nós estamos falando: Liberdade para propagar o conhecimento. Caso modifique, ou tenha sugestões para modificações, será um prazer receber o seu comentário.
ATENÇÃO: Você pode visualizar a apresentação aqui, ou fazer o download do arquivo no formato odp (BrOffice), com as anotações para cada slide.
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domingo, 19 de abril de 2009
Servidor de baixo consumo com Netbooks
Utilizando hardware de netbooks, pesquisadores da Carnegie-Mellon University desenvolveram uma arquitetura com capacidade para atuar como um servidor, mas que consome menos que uma lâmpada.
A arquitetura, chamada de FAWN (fast array of wimpy nodes), pode reduzir para menos de um décimo a potência normalmente consumida por infraestruturas tradicionais de servidores. Se confirmado, esse fato pode ter um importante impacto nos custos operacionais e ambientais de grandes instalações de servidores e data-centers, como as usadas pelo Google, Microsoft, Facebook, e outros gigantes da internet.
O consumo de energia elétrica é um dos principais custos na operação de um data-center. Segundo esse relatório da Agência de Proteção Ambiental (EPA), responsável pelo programa EnergyStar, o consumo total de energia em 2006, em servidores e data-centers, somente nos Estados Unidos, foi estimado em 61 bilhões de kilowatt-hora (kWh), o que corresponde a 1.5% de toda a energia consumida naquele país, e representa um custo de cerca de U$4,5 bilhões. O mesmo relatório estima, ainda, que o consumo de energia nesse setor dobrou no período entre 2000 e 2006 e que, mantidas as tendências atuais, deverá duplicar novamente, até 2011.
A arquitetura criada pelo professor David Andersen e sua equipe aborda esse problema com a combinação de processadores de baixo consumo e memórias Flash, em substituição aos processadores de alto desempenho e unidades de armazenamento em disco. O resultado, um tanto surpreendente, é que essa arquitetura consegue relações de desempenho por watt centenas de vezes superior às dos servidores tradicionais, para aplicações que acessam pequenos lotes de informação, de forma aleatória - exatamente a característica dos principais serviços na internet.
A justificativa para esse resultado é simples. Enquando os chamados "processadores de alto desempenho" tornam-se mais rápidos (ao custo de mais consumo de energia), as unidades mecânicas de armazenamento em disco, os HDs, não evoluem na mesma velocidade. Isso gera uma grande disparidade entre a velocidade com que o processador consegue processar os dados, e a capacidade que os HDs têm para fornecer esses dados, fazendo com que o processador passe muito tempo parado, esperando pelos dados a serem processados.
Para melhorar o desempenho desses sistemas, as arquiteturas têm incluído uma grande quantidade de circuitos lógicos que tentam prever quais dados serão acessados pelo processador, para então antecipar a busca, e copiar lotes desses dados em memória, na tentativa de, assim, manter o processador ocupado por mais tempo. Esse processo pode funcionar bem, quando os dados são previsíveis. Quando não, isso representa somente um imenso desperdício de energia.
A proposta da arquitetura FAWN é diminuir a diferença entre as velocidades do processador e do amazenamento, pelas suas pontas: substituir as unidades mecânicas de disco por memórias Flash, que são muito mais rápidas para acesso aleatório, e simplesmente usar processadores mais lentos - e muito mais econômicos - uma vez que será inútil tentar usar um processador ultra-rápido, se ficar maior parte do tempo esperando pelo acesso aos dados.
O protótipo atual foi montado com 21 unidades, compostas por um processador AMD Geode de 500MHz, 256MB de RAM e um cartão de 4GB de memória Flash. No total, consome apenas 85W, em condições normais de operação.
Referências:
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domingo, 12 de abril de 2009
Festival de Software Livre, em Aracaju
O FLISOL (Festival Latinoamericano de Instalação de Software Livre) é o maior evento de divulgação de Software Livre da América Latina. Ele acontece desde 2005, e seu principal objetivo é promover o uso de software livre, apresentando sua filosofia, seu alcance, avanços e desenvolvimento ao público em geral.
Em Aracaju, SE:
O FLISOL 2009 será realizado nas instalações da FANESE, no 2º piso do Shopping Riomar, das 9:00 às 18:00 hs.
Na ocasião, estarei apresentando uma palestra sobre Modelos de Negócios Baseados em Software Livre. Apareça lá!
Para informações sobre o FLISOL 2009 em outras localidades, visite o site principal do evento.
Com esta finalidade, diversas comunidades locais de software livre (em cada país, em cada cidade/localidade), organizam simultaneamente eventos em que se instala gratuitamente e totalmente legal, software livre nos computadores levados pelos participantes. Também, paralelamente, são oferecidas apresentações, palestras e oficinas, sobre temas locais, nacionais e latinoamericanos sobre Software Livre, com toda sua variedade de expressões: artística, acadêmica, empresarial e social.
O FLISOL 2009 acontece no dia 25 de abril em diversas cidades.Em Aracaju, SE:
O FLISOL 2009 será realizado nas instalações da FANESE, no 2º piso do Shopping Riomar, das 9:00 às 18:00 hs.
Na ocasião, estarei apresentando uma palestra sobre Modelos de Negócios Baseados em Software Livre. Apareça lá!
Para informações sobre o FLISOL 2009 em outras localidades, visite o site principal do evento.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Yes, nós temos o Lula!
O elogio de Barak Obama ao nosso presidente Lula, na reunião do G20, repercutiu, aqui, como um soco no estômago daqueles brasileiros que não se conformam com o brilho e o sucesso de um homem que, nascido pobre, de família analfabeta, enfrentou e venceu todos os obstáculos, e tornou-se um estadista com projeção internacional.
Os obstáculos impostos ao Luís Inácio da Silva, ao longo de sua vida, não foram simples obras do acaso, azares do destino, vontades de Deus. São obstáculos cuidadosamente criados, desenvolvidos e aperfeiçoados, ao longo de séculos, por uma sociedade elitista, aristocrática, que cuida e protege muito bem dos seus rígidos e eficazes mecanismos de estratificação e segregação social. Seca, fome, má distribuição de renda, exclusão social e educacional, preconceito, são apenas alguns desses obstáculos aparentemente casuais. O Lula venceu todos eles.
Quem é essa aristocracia brasileira, criadora e mantenedora dos mecanismos de controle social acima mencionados?
Infelizmente, não são apenas os barões e coronéis, herdeiros das capitanias, donos de grandes fortunas e extensões de terras, descendentes de sangue nobre, de famílias "de nome", sempre ligadas ao poder. Muitos brasileiros sem pedigree, sem grandes posses, sem sangue azul incorporaram a cultura e os valores da legítima aristocracia, dando-lhe forças, a baixo custo. São membros da classe média, aqueles que possuem um carro, uma casa financiada ou alugada, às vezes um diploma universitário (mas nenhuma cultura) e, por isso, julgam-se no direito de olhar para os menos abastados com ares de desdém, e não hesitam em colocá-los de volta ao seu "devido lugar", quando necessário. Esse exército alienado, acéfalo, de pobres almas sem opinião própria, a serviço dos "formadores de opinião" - a imprensa controlada pelos verdadeiros aristocratas - forma uma eficaz barreira de proteção, que amortece os possíveis conflitos sociais, logo em sua origem. São os pobres de espírito, controlando os pobres de recursos.
Assim como mestiços que se dizem neo-nazistas, esses pretensos aristocratas sem posses, intelectuais sem cultura, não percebem o papel ridículo que desempenham. Criticam, condenam e atacam categorias que incluem a si mesmos, impedindo o próprio sucesso, e de seus semelhantes. Essa lógica sem sentido dá origem a brasileiros que não acreditam no Brasil, e não aceitam qualquer tipo de sucesso brasileiro. Admiram e consomem todo tipo de produto com tecnologia importada, mas não querem estudar, para desenvolver a tecnologia aqui mesmo.
Esses são os brasileiros que não toleram o Lula, "o cara" que furou todos os bloqueios, e chegou ao topo da pirâmide. Como zagueiros passados para traz por um driblador genial, tentam a derrubá-lo a qualquer custo. Incapazes de criticar o conteúdo do que ele diz, criticam seus erros de português. Sem a menor noção de sua dimensão histórica e política, criticam ações e decisões pontuais. Inconformados com o sucesso de um presidente de origem pobre e sem diploma de nível superior, não se cansam de compará-lo ao seu antecessor, o sociólogo que se julga melhor que todo mundo, só porque respirou os ares de Sorbonne.
Pois é... gostem ou não, ninguém menos que o Barak Obama, o político mais poderoso e mais popular da atualidade, diplomado em Harvard, disse que "Lula é o cara". E não foi um comentário irônico, nem simples gentileza, como querem sugerir alguns - é a opinião de um estadista que, justamente por suas opiniões, ocupa posição de maior destaque no cenário político atual.
Não estou supervalorizando a declaração do Obama, até por ser redundante, já que é sabido que o Lula goza do respeito e admiração de vários outros líderes, de igual importância. Estou apenas me divertindo com a indisfarçável inveja de nossos aristocratas sem pedigree.
Também não estou beatificando o Lula. Estou reconhecendo nele o símbolo de um Brasil que pode dar certo, de um Brasil que valoriza a si mesmo, que reivindica o merecido respeito internacional, que tem orgulho de sua história, e se coloca de igual para igual, frente a qualquer outra nação. Enquanto o Brasil dos aristocratas é um país subdesenvolvido, atrasado, improdutivo, dependente e cheio de problemas, o Brasil do Lula é um país rico, independente, uma potência econômica, uma democracia respeitável.
Sim, nós temos o Lula!!! - e temos bananas, também!!! - bananas para todos!!!
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Os obstáculos impostos ao Luís Inácio da Silva, ao longo de sua vida, não foram simples obras do acaso, azares do destino, vontades de Deus. São obstáculos cuidadosamente criados, desenvolvidos e aperfeiçoados, ao longo de séculos, por uma sociedade elitista, aristocrática, que cuida e protege muito bem dos seus rígidos e eficazes mecanismos de estratificação e segregação social. Seca, fome, má distribuição de renda, exclusão social e educacional, preconceito, são apenas alguns desses obstáculos aparentemente casuais. O Lula venceu todos eles.
Quem é essa aristocracia brasileira, criadora e mantenedora dos mecanismos de controle social acima mencionados?
Infelizmente, não são apenas os barões e coronéis, herdeiros das capitanias, donos de grandes fortunas e extensões de terras, descendentes de sangue nobre, de famílias "de nome", sempre ligadas ao poder. Muitos brasileiros sem pedigree, sem grandes posses, sem sangue azul incorporaram a cultura e os valores da legítima aristocracia, dando-lhe forças, a baixo custo. São membros da classe média, aqueles que possuem um carro, uma casa financiada ou alugada, às vezes um diploma universitário (mas nenhuma cultura) e, por isso, julgam-se no direito de olhar para os menos abastados com ares de desdém, e não hesitam em colocá-los de volta ao seu "devido lugar", quando necessário. Esse exército alienado, acéfalo, de pobres almas sem opinião própria, a serviço dos "formadores de opinião" - a imprensa controlada pelos verdadeiros aristocratas - forma uma eficaz barreira de proteção, que amortece os possíveis conflitos sociais, logo em sua origem. São os pobres de espírito, controlando os pobres de recursos.
Assim como mestiços que se dizem neo-nazistas, esses pretensos aristocratas sem posses, intelectuais sem cultura, não percebem o papel ridículo que desempenham. Criticam, condenam e atacam categorias que incluem a si mesmos, impedindo o próprio sucesso, e de seus semelhantes. Essa lógica sem sentido dá origem a brasileiros que não acreditam no Brasil, e não aceitam qualquer tipo de sucesso brasileiro. Admiram e consomem todo tipo de produto com tecnologia importada, mas não querem estudar, para desenvolver a tecnologia aqui mesmo.
Esses são os brasileiros que não toleram o Lula, "o cara" que furou todos os bloqueios, e chegou ao topo da pirâmide. Como zagueiros passados para traz por um driblador genial, tentam a derrubá-lo a qualquer custo. Incapazes de criticar o conteúdo do que ele diz, criticam seus erros de português. Sem a menor noção de sua dimensão histórica e política, criticam ações e decisões pontuais. Inconformados com o sucesso de um presidente de origem pobre e sem diploma de nível superior, não se cansam de compará-lo ao seu antecessor, o sociólogo que se julga melhor que todo mundo, só porque respirou os ares de Sorbonne.
Pois é... gostem ou não, ninguém menos que o Barak Obama, o político mais poderoso e mais popular da atualidade, diplomado em Harvard, disse que "Lula é o cara". E não foi um comentário irônico, nem simples gentileza, como querem sugerir alguns - é a opinião de um estadista que, justamente por suas opiniões, ocupa posição de maior destaque no cenário político atual.
Não estou supervalorizando a declaração do Obama, até por ser redundante, já que é sabido que o Lula goza do respeito e admiração de vários outros líderes, de igual importância. Estou apenas me divertindo com a indisfarçável inveja de nossos aristocratas sem pedigree.
Também não estou beatificando o Lula. Estou reconhecendo nele o símbolo de um Brasil que pode dar certo, de um Brasil que valoriza a si mesmo, que reivindica o merecido respeito internacional, que tem orgulho de sua história, e se coloca de igual para igual, frente a qualquer outra nação. Enquanto o Brasil dos aristocratas é um país subdesenvolvido, atrasado, improdutivo, dependente e cheio de problemas, o Brasil do Lula é um país rico, independente, uma potência econômica, uma democracia respeitável.
Sim, nós temos o Lula!!! - e temos bananas, também!!! - bananas para todos!!!
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